quarta-feira, 22 de setembro de 2010

São Bento do Sapucai

Amigos, esta é uma música de minha autoria. No texto, procuro imaginar uma paisagem onde o trem surge como portador da saudade dos seus passageiros.
Saudade que vai; saudade que vem...
Espero que gostem!

Abraços

Saulo

NOS TRILHOS DA EMOÇÃO

 Dalinha Catunda



Amores são passageiros,
Acomodados em vagões.
Alguns seguem viagem
Menosprezando estações.

Outros descem ligeiro,
Até na primeira parada!
Pois lhes falta bagagem
Pra prosseguir a jornada.

Nos trilhos que corre vida
Nunca fui de perder trem,
Nem de ficar acomodada,
Esperando quem não vem.

Cada vez que o trem apita,
Sacoleja o meu coração.
Trilhando a linha da vida
Ergo a bandeira da emoção.




CACHORRO DOIDO

Crônicas do Eber
Um amigo meu, maquinista, sempre ia a um buteco no mercado após o serviço, e lá enchia a cara de cachaça, até perder o rumo de casa. Um certo dia, ele estava nesse local bebendo e tinha um cachorro, que estava pertubando a vida dele. Chegou mesmo a dar uma mordida em determinado momento! Ele gritou com o cachorro e continuou a beber até que num instante consegiu pegar o cachorro. Sabe o que ele fez? Mordeu o cachorro e disse : isso é pra vc aprender como dói morder os outros. Seu apelido é cachorro doido e aqui só conhecemos ele pelo apelido, se falar o nome dele ninguém conhece.

Abraços

Eber

domingo, 19 de setembro de 2010

Crônicas do Eber

Amigos, nosso colaborador Eber, ex-maquinista da Vale, tem contribuído bastante com este novo espaço. Compartilha com os leitores histórias (crônicas) do cotidiano de sua profissão.
Abaixo, mais duas histórias pitorescas.

Salaminho


Salaminho (aí pra vcs me parece que é mortadela)
 
Também colega que estava em um buteco tomando todas que tinha direito. Já lá pelas tantas o dono já querendo fechar o estabelecimento, o colega já não dizendo coisa com coisa, os salgados já tinha acabado. Resolveu pedir a saideira, como de costume, e mais salgado, quando o dono disse que salgado não tinha mais. Ele alí já com os olhos totalmente embaraçados pela "bendita"  viu o extintor de incêndio e falou para o dono: corta então um pedaço daquele salaminho pra mim, apontando o dedo para o extintor. Seu apelido ficou como salaminho (meu amigo).

Pé de Frango

Certa vez um colega gago que viajando já há bastante tempo, e aproximando de uma determinada estação já com fome, chamou pelo rádio outro colega e pediu para que ele providenciasse uma marmitex. O companheiro da estação perguntou  o que queria de carne. E ele respondeu pé, pé, pé, pé, pé pede frango. Quando o colega foi almoçar já distante daquela estação, ele teve uma surpresa desagradável porque sua marmita estava cheia de pé de frango. Ficou bravo, reclamou, mas não teve jeito seu apelido hoje é pé de frango.
 


sábado, 18 de setembro de 2010

O trenzinho caipira



Esse vídeo foi inspirado na música de Villa Lobos e faz parte do projeto: Música Sobre Trilhos.
A memória ferroviária sobrevive nas letras e músicas de nossa gente.

Embriagado

Autor: Eber
 
Um sujeito conseguiu entrar no trem de passageiro com uma garrafa de pinga na bolsa. Lá pelas tantas horas de viagem, tomando a sua pinguinha de vez em quando econdido, não levou muito tempo para ser descoberto, pelo chefe do trem, pois alem dos passageiros que estavam do lado perceber e contar para o chefe, o mesmo já estava alto do grau. Sendo assim, o chefe o chamou e disse pra ele vc tem 2 opções neste momento: para a sua viagem ser seguida, vc me entrega a garrafa de pinga e eu jogo ela fora e vc prosegue, ou vc desce na próxima estação. Imagina você que o bêbado deu uma bronca no chefe do trem, dizendo: -  você é muito esperto! Você  quer é tomar a minha pinga. Eu vou descer na proxima estação, mas não te dou minha pinga de jeito nenhum.
E ele desceu na estação seguinte e ainda estendeu o polegar para o chefe dizendo ok. E olha que estava faltando mais de 3 horas para ele chegar ao seu destino, que por surpresa nossa seus familiares estavam na estação o aguardando e foi avisado do acontecido.
 
Abraços

Estação Digital

Dalinha Catunda

Ela já não é mais cor-de-rosa, mas, mesmo assim não perdeu sua graça.
Está diferente esteticamente, e já não exerce a mesma função.

Felizmente não teve a sina de tantas outras que caindo no esquecimento pouco a pouco vão desmoronando e deixando nos escombros parte importante de nossa história ferroviária.

Reformada, de cara nova, ganhou um tom amarelado e cumpre um importante papel. Transformou-se em Estação Digital, beneficiando crianças ipueirenses de baixo poder aquisitivo, que têm hoje, a oportunidade de manusear um computador e apostar num futuro menos desigual.

Eu particularmente tenho grande apreço por esta estaçãozinha do interior. Durante muito tempo, meu avô, Gonçalo Ximenes Aragão foi Agente Ferroviário ou chefe de estação, como se costumava falar em Ipueiras, onde fez história e colocou os filhos nos mesmos trilhos.

Se hoje por falta de interesse dos governantes deste país, nosso trem saiu dos trilhos, tenho pelo menos, o conforto de saber, que numa cidadezinha do interior que se chama Ipueiras a fachada da história continua de pé, e que o barulho da sineta novamente será ouvido, e uma nova linha entrará em ação tendo como ponto de partida: A ESTAÇÃO DIGITAL.

Cachorro Doido

Mais uma do amigo Eber

Um amigo meu maquinista, sempre ia a um buteco no mercado após o serviço, e lá enchia a cara de cachaça, até perder o rumo de casa. Um certo dia ele estava neste local bebendo e tinha um cachorro, que estava pertubando a vida dele que chegou mesmo a dá uma mordida nele em determinado momento, ele gritou com o cachorro e continuou a beber até que num instante ele consegiu pegar o cachorro. Sabe o que ele fez mordeu no cachorro e disse pra ele: Isto é pra vc aprender como doi morder nos outros. Seu apelido é cachorro doido e aqui só conhecemos ele pelo apelido, se falar o nome dele ninguém conhece.


Abraços

Eber

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Perdi meu trem


Estação de IPUEIRAS - Ceará

Autoria de Dalinha Catunda

Às vezes me bate saudades
Das coisas do meu sertão.
Do tempo que já passou
Mas ficou na recordação.
O velho trem que passava
E eu sempre me encantava
Com sua movimentação.
*
Seu Gonçalo Ximenes,
Dos Ximenes Aragão.
Chegava uniformizado,
Era o chefe da estação.
Era agente ferroviário,
Que cuidava do horário,
E o meu avô do coração.
*
Ainda hoje está de pé,
A estação de Ipueiras.
Porém já não se encontra
As famosas cafezeiras.
Já partiram para o além
Mas ainda lembro bem,
É da Maria Capoeira.
*
Era no velho quiosque
Que hoje está diferente,
Que da chuva e do sol,
Abrigava muita gente.
E quando o trem surgia
O povo eufórico corria.
Numa alegria inocente.
*
Os trilhos ainda estão lá,
Cortando o meu sertão,
Dormentes espalhados,
Por toda aquela região.
Mas só passa o cargueiro,
Pois o trem de passageiro,
Hoje é mera recordação.
*
Minha saudade é tamanha,
Que não sei nem calcular.
E quando um trem apita,
Chego a me transportar.
Viajo lá pro meu sertão!
Revejo a minha estação!
Sem ver o meu trem passar...
*
Texto e imagem de: Dalinha Catunda
30 de abril, dia do Ferroviário

Uma história de louco!!

Conta Eber Alves


Estava eu conduzindo o trem de passageiro da vale, quando perto de uma estação, por nome de Flexal, uma senhora de cor morena e bem magrinha, estava em cima dos trilhos, ou seja no meio dos trilhos e por ser uma reta, eu businei e tomei todas as minhas providencias, como diminuindo minha velocidade, acionando sino e insistentemente acionando a busina, quando já estava prestes a dar emergência no trem, a mesma saiu dos trilhos. Sendo assim voltei a retormar minha velocidade, e quando estava a uns 50 metros do local onde esta senhora estava, ele correu e deitou de barriga pra cima no meio dos trilhos, que não teve como evitar de passar por cima dela. Passei a locomotiva e mais treis vagões em cima dela. Avisei ao chefe do trem o porque da emergência dada, quando o mesmo foi até o local do corpo, que por nossa surpresa, a mesma estava viva e saiu andando normalmente, ocorrendo um atraso no trem neste dia de 40 mtos, pois tivemos que esperar as segurança normal, para nos liberar. Iso não é história de pescador, mas o fato se deu pela pessoa ser magrinha e o limpa trilho passou normal sem atingi-a. Ficamos feliz por não ter morrido esta senhora na qual fomos informado que ela sofria alguma pertubação e que tinha saido do manicônio aqueles dias. Mais que nos xingamos;  ela nos xingou.